Se penso, sinto. Se sinto, logo escrevo...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Marc Chagall


Eu prefiro acreditar que foi pelo medo de dar certo
Que foi por puro susto e insegurança.
Eu prefiro acreditar que era simplesmente
um medo de viver ...

Raquel Faria.
De todos os dizeres, de todas as palavras... As que mais me machucaram foram provenientes de um silêncio que soube muito bem mandar o seu recado.

Baboseiras.

Diziam que estava escrito... E de certa forma realmente o estava.
Na quiromancia a linha do coração era bifurcada, fato que causou preocupação no princípio, pois provavelmente devia significar: mal sinal. Na borra de café os caminhos não se encontravam, entrelaçavam-se e se perdiam em direções diferentes, completamente opostas.
Nossas numerologias não combinavam, e por mais que eu tentasse verificar a compatibilidade de um ascendente aqui, outro ali, o sol na casa de câncer... Algum planeta na casa de Áries... Mesmo assim não se complementavam.
Nossos nomes também não “batiam” nos cálculos de compatibilidade. E confesso que tentei trocar o H ou o Q o P ou o R quem sabe, acreditando que o que valia mesmo era a fonética e a boa intenção, mas todas as tentativas foram sem sucesso.
Nossos signos não se complementavam; éramos elementos água e fogo, afetividade e racionalidade. Enfim, astrologicamente estávamos predestinados à incompatibilidade, fadados à separação. E não tinha nenhuma ciência oculta que justificasse o contrário.
O conheci num ano 9, de fechamento de ciclo, onde tudo gira em torno da finalização de etapas, não de começo...
Ah... como eu desejei nessa hora ser incrédula a qualquer previsão, cética a toda superstição onírica, astrológica e cármica. Bem que dessa vez os astros poderiam estar errados. Que o meu sol estivesse na casa zodiacal do amor no momento da previsão e que tudo não passasse apenas de um engano, de uma má leitura, de puro charlatanismo.
Que todas essas coisas que eu acredito tanto fossem apenas baboseiras. E no fundo realmente o são.


Raquel Faria.

Que me desculpem os vários conselheiros, as crises existenciais e  as metamorfoses mas eu não vou me corromper. Quero seguir com o orgulho de jamais ter sido leviana com os meus princípios e meu coração...

Raquel Faria.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Por Leonid Afremov

Acho que o que me prende mesmo é a intensidade... Intensidade proveniente daquele amor que surge no desencontro, que surge da poesia dos amores não correspondidos, dos afetos não vivenciados que sabem-se lá por algum motivo não deram certo. Descobri que são por esses que me prendo e aprendo.


Raquel Faria.