Se penso, sinto. Se sinto, logo escrevo...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Baboseiras.

Diziam que estava escrito... E de certa forma realmente o estava.
Na quiromancia a linha do coração era bifurcada, fato que causou preocupação no princípio, pois provavelmente devia significar: mal sinal. Na borra de café os caminhos não se encontravam, entrelaçavam-se e se perdiam em direções diferentes, completamente opostas.
Nossas numerologias não combinavam, e por mais que eu tentasse verificar a compatibilidade de um ascendente aqui, outro ali, o sol na casa de câncer... Algum planeta na casa de Áries... Mesmo assim não se complementavam.
Nossos nomes também não “batiam” nos cálculos de compatibilidade. E confesso que tentei trocar o H ou o Q o P ou o R quem sabe, acreditando que o que valia mesmo era a fonética e a boa intenção, mas todas as tentativas foram sem sucesso.
Nossos signos não se complementavam; éramos elementos água e fogo, afetividade e racionalidade. Enfim, astrologicamente estávamos predestinados à incompatibilidade, fadados à separação. E não tinha nenhuma ciência oculta que justificasse o contrário.
O conheci num ano 9, de fechamento de ciclo, onde tudo gira em torno da finalização de etapas, não de começo...
Ah... como eu desejei nessa hora ser incrédula a qualquer previsão, cética a toda superstição onírica, astrológica e cármica. Bem que dessa vez os astros poderiam estar errados. Que o meu sol estivesse na casa zodiacal do amor no momento da previsão e que tudo não passasse apenas de um engano, de uma má leitura, de puro charlatanismo.
Que todas essas coisas que eu acredito tanto fossem apenas baboseiras. E no fundo realmente o são.


Raquel Faria.

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