Se penso, sinto. Se sinto, logo escrevo...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Permanência




Desconhecido

“Ela já não o reconhecia mais, e até certo ponto recusava e se negava e reconhecê-lo, a aceitar sua existência, ou, diga-se de passagem, sua persistência. Mas Ele ainda estava lá... Pequenininho, singelo, presente, latente... Ele estava lá pra mais uma vez ludibriar, para enfeitiçar, para enlaçar, revigorar.

E como se sabia? Ah... Sabiam-se todas as manhãs; na faceira memória que sorrateiramente insistia em relembrar tempos findos; no pensar, na esperança que se confundia em fé, no se arrumar.
Sabia-se na leitura de um horóscopo diário que nem ao menos era o seu.

Ah... O amor, Ele ainda estava lá.


Raquel Faria.

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