Se penso, sinto. Se sinto, logo escrevo...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Inevitável

Por Renoir, Mulan Galette


Adoro seu desajeito
E o jeito infantil com que insaciavelmente brinca.
Adoro sua ingenuidade de achar que tudo sabe
Quando na verdade nada se sabe.

Seu senso de humor irritante,
Seu olhar latejante
Sua percepção desacertada.

Sua Lealdade
Sua cumplicidade
Sua ausência

Adoro seu descompasso
E suas piadas repetidas
Suas frases imedidas
Seu pudor despudorante.

Seu egoísmo gigante
Sua ignorância exorbitante
E a forma com que sentimentalmente me manipula
Me fazem perceber o quando que é insuportavelmente inevitável
Me desvencilhar de você.



Raquel Faria.

Um comentário:

  1. Adorei o poema... Afinal, quantas vezes já não vivemos esse inevitável, quantas vezes já não nos odiamos por estarmos entorpecidos pelo amor? =D

    Bom, se tiver afim, visite:
    http://utopialibertina.blogspot.com

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